Dicas de atualização do FreeBSD 9.2 para a versão 10.0 compilando tudo.
Bem, já venho à um bom tempo atualizando e testando a versão 10.0 do FreeBSD, cujo anúncio oficial deve sair dia 20/01. Resolvi então fazer um relato de algumas coisas que passei e que acredito que ajudará um bocado. 🙂
Outra coisa importante: a ideia aqui é ajudar mas não posso me responsabilizar...
Posted by gondim | Posted in FreeBSD | Posted on 16-02-2020
0
Como é de se notar tem muito tempo que não atualizo este site com informações sobre BSD pois infelizmente não tenho tido tempo para mantê-lo. Tenho muitos projetos em andamento da minha área e que estão tomando 100% do meu tempo. Mas espero que o tempo em que estive em atividade possa ter gerado bons artigos aqui e ajudado ao máximo. Sucesso pra todos vocês que leram e que participaram nesse pouco tempo. Continuem lendo e estudando! O site deve ficar online até 08/07/2020. Caso alguém tenha interesse em dar continuidade pode me chamar no Telegram: @Marcelo_Gondim
Todo mundo que já teve algum contato com o FreeBSD sabe da qualidade do seu Handbook. É um livro que cobre desde as tarefas de instalação até a administração diária deste SO e possui toneladas de informações. Volta e meia alguém é marretado com o RTFM “vá ler o Handbook” e não sem razão já que este documento resolve grande parte dos problemas, especialmente aqueles que exigem a explicação de como o FreeBSD funciona em suas entranhas.
Um novo gás foi dado aos projetos de tradução da documentação para pt_BR, e num primeiro momento o Porters Handbook foi totalmente traduzido e disponibilizado no repositório SVN do Projeto FreeBSD.
No grupo do Telegram FUG-BR(FreeBSD Users Group Brazil), uma mensagem foi lançada pelo Edson Brandi(ebrandi) convidando a todos para colaborar agora com a tradução do próprio Handbook. Citando:
Edson Brandi:
Boa noite pessoal,
Finalizamos hoje a tradução do Porters Handbook para o português, e o mesmo já se encontra no repositório de SVN do FreeBSD.
O próximo livro a ser traduzido será o Handbook, e gostaria de convidá-los a colaborar com o esforço de tradução.
Mesmo que você só tenha 10 minutos por dia para ajudar, saiba que você pode fazer a diferença para o sucesso do projeto.Que tal retribuir um pouco de tudo que o FreeBSD já fez por você ou pela sua empresa?
Para maiores informações sobre como contribuir, visite o site do projeto de tradução:
Hoje venho escrever sobre um papo que tive com um amigo de longa data, o Tiago Felipe Gonçalves. Estávamos conversando sobre DNS e especificamente sobre o BIND. Aqui na empresa já tem alguns anos que separamos os serviços em suas VMs e com a questão do DNS não foi diferente. O DNS trabalha basicamente para nós, meros mortais, como sendo Autoritativo ou Recursivo. Sendo o Autoritativo responsável pela administração dos domínios que você controla na sua empresa e o Recurso responsável pela resolução de nomes na Internet já que sem ele não conseguiríamos navegar ou acessar qualquer serviço através dos nomes. Imaginem ter que ficar decorando os IPs. rsrsrsrs o tão usado virtual hosts dos servidores web nem funcionariam.
O BIND é um programa desenvolvido pela ISC (Internet Systems Consortium) e é sem dúvida o sistema mais utilizado no mundo para DNS mas este teve uma época negra com diversas vulnerabilidades exploradas o que fez ele ter um apelido carinhoso de o Queijo Suiço, de tantos furos que ele tinha. O BIND é bem completo e faz as duas coisas que necessitamos, o Autoritativo e o Recursivo mas não precisamos ter os dois no mesmo lugar e fazendo as duas coisas. Pensando em performance e segurança entra em cena a NLnet Labs que desenvolveu o Unbound (DNS Recursivo) e o NSD(DNS Autoritativo). O primeiro ficou muito famoso e considerado o DNS Recursivo mais rápido da Internet e hoje venho falar do NSD.
O NSD tem a estrutura de configuração parecida com o do seu irmão Unbound, ele não faz cache e não resolve nada que não seja controlado por ele, ou seja, faz o que se propõe apenas que é servir como DNS Autoritativo para os seus domínios e reversos IPv4 e IPv6. Um outro fato interessante é que a syntax das zonas é a mesma usada pelo BIND, ou seja, você vai aproveitar todos os seus arquivos de zonas exatamente como eles estão. Isso não só mantém a curva de aprendizado baixa como simplifica toda uma migração. Além disso o NSD é extremamente rápido e seguro assim como seu irmão Unbound.
O que aconselho em sua estrutura de ISP é ter ambos os serviços separados e bem definidos. Ah! O NSD é usado inclusive em alguns Root Servers que mantém nossa Internet funcionando.
Para ajudar à entender melhor o NSD na sua migração, tem esse tutorial para Ubuntu na DigitalOcean, mas que serve muito bem para ser usado em FreeBSD ou qualquer outro sistema.
A Intel resolveu alocar o desenvolvedor Ben Widawsky, arquiteto de drivers gráficos para Linux, para focar no desenvolvimento do FreeBSD. Ele deixa o time Linux da Intel e ficará dedicado no time FreeBSD. A mudança não visa só melhorias na parte gráfica mas também em outras áreas do FreeBSD, inclusive na de network.
Pode ter sido alguma pressão da Juniper devido à seus novos chassis com interfaces Intel? Quem sabe. 🙂
Pessoal da área de tecnologia ou que gosta, não deixe de ir nesse evento. Será abordado muitos assuntos legais desde segurança da informação até impressão 3D e muito mais.
O vento é gratuito mas quem quiser contribuir com alguma doação, pode ser feito pelo site mesmo de forma segura. Faça sua inscrição aquie venha conhecer e compartilhar Software Livre.
Saiu uma matéria na Hacker Culture com a entrevista de alguns palestrantes e que pode ser lida aqui.