Todo mundo que já teve algum contato com o FreeBSD sabe da qualidade do seu Handbook. É um livro que cobre desde as tarefas de instalação até a administração diária deste SO e possui toneladas de informações. Volta e meia alguém é marretado com o RTFM “vá ler o Handbook” e não sem razão já que este documento resolve grande parte dos problemas, especialmente aqueles que exigem a explicação de como o FreeBSD funciona em suas entranhas.
Um novo gás foi dado aos projetos de tradução da documentação para pt_BR, e num primeiro momento o Porters Handbook foi totalmente traduzido e disponibilizado no repositório SVN do Projeto FreeBSD.
No grupo do Telegram FUG-BR(FreeBSD Users Group Brazil), uma mensagem foi lançada pelo Edson Brandi(ebrandi) convidando a todos para colaborar agora com a tradução do próprio Handbook. Citando:
Edson Brandi:
Boa noite pessoal,
Finalizamos hoje a tradução do Porters Handbook para o português, e o mesmo já se encontra no repositório de SVN do FreeBSD.
O documento finalizado está disponível em:
https://www.freebsd.org/doc/pt_BR.ISO8859-1/books/porters-handbook/
O próximo livro a ser traduzido será o Handbook, e gostaria de convidá-los a colaborar com o esforço de tradução.
Mesmo que você só tenha 10 minutos por dia para ajudar, saiba que você pode fazer a diferença para o sucesso do projeto.Que tal retribuir um pouco de tudo que o FreeBSD já fez por você ou pela sua empresa?
Para maiores informações sobre como contribuir, visite o site do projeto de tradução:
http://doc.fug.com.br
[ ]’s Brandi
Hoje venho escrever sobre um papo que tive com um amigo de longa data, o Tiago Felipe Gonçalves. Estávamos conversando sobre DNS e especificamente sobre o BIND. Aqui na empresa já tem alguns anos que separamos os serviços em suas VMs e com a questão do DNS não foi diferente. O DNS trabalha basicamente para nós, meros mortais, como sendo Autoritativo ou Recursivo. Sendo o Autoritativo responsável pela administração dos domínios que você controla na sua empresa e o Recurso responsável pela resolução de nomes na Internet já que sem ele não conseguiríamos navegar ou acessar qualquer serviço através dos nomes. Imaginem ter que ficar decorando os IPs. rsrsrsrs o tão usado virtual hosts dos servidores web nem funcionariam.
O BIND é um programa desenvolvido pela ISC (Internet Systems Consortium) e é sem dúvida o sistema mais utilizado no mundo para DNS mas este teve uma época negra com diversas vulnerabilidades exploradas o que fez ele ter um apelido carinhoso de o Queijo Suiço, de tantos furos que ele tinha. O BIND é bem completo e faz as duas coisas que necessitamos, o Autoritativo e o Recursivo mas não precisamos ter os dois no mesmo lugar e fazendo as duas coisas. Pensando em performance e segurança entra em cena a NLnet Labs que desenvolveu o Unbound (DNS Recursivo) e o NSD (DNS Autoritativo). O primeiro ficou muito famoso e considerado o DNS Recursivo mais rápido da Internet e hoje venho falar do NSD.
O NSD tem a estrutura de configuração parecida com o do seu irmão Unbound, ele não faz cache e não resolve nada que não seja controlado por ele, ou seja, faz o que se propõe apenas que é servir como DNS Autoritativo para os seus domínios e reversos IPv4 e IPv6. Um outro fato interessante é que a syntax das zonas é a mesma usada pelo BIND, ou seja, você vai aproveitar todos os seus arquivos de zonas exatamente como eles estão. Isso não só mantém a curva de aprendizado baixa como simplifica toda uma migração. Além disso o NSD é extremamente rápido e seguro assim como seu irmão Unbound.
O que aconselho em sua estrutura de ISP é ter ambos os serviços separados e bem definidos. Ah! O NSD é usado inclusive em alguns Root Servers que mantém nossa Internet funcionando.
Para ajudar à entender melhor o NSD na sua migração, tem esse tutorial para Ubuntu na DigitalOcean, mas que serve muito bem para ser usado em FreeBSD ou qualquer outro sistema.
Um agradecimento especial ao Linux-BR pelo apoio com essa matéria e que replico agora aqui pra vocês!
Escrito por Nícolas Wildner
A série está sendo escrita por Vermaden, conhecido membro e entusiasta de FreeBSD.
Como a tradução completa de todas as matérias sobre este assunto seria um trabalho infrutífero, as referências estão no fim desta postagem:
Se você está montando um desktop/workstation com FreeBSD vale a pena conferir:
Me pediram para adicionar nessa matéria mais um link para outro artigo sobre Desktop FreeBSD e aqui está: Cooltrainer.org
Saiu a nova atualização da série 11.x do FreeBSD com várias melhorias e correções. Não deixem de ver o anúncio oficial aqui.
A Intel resolveu alocar o desenvolvedor Ben Widawsky, arquiteto de drivers gráficos para Linux, para focar no desenvolvimento do FreeBSD. Ele deixa o time Linux da Intel e ficará dedicado no time FreeBSD. A mudança não visa só melhorias na parte gráfica mas também em outras áreas do FreeBSD, inclusive na de network.
Pode ter sido alguma pressão da Juniper devido à seus novos chassis com interfaces Intel? Quem sabe. 🙂
Fonte 1.
Fonte 2.
Saiu a edição de junho da BSD Magazine com várias matérias interessantes como uma matéria sobre ZFS no FreeBSD, programação C, monitoramento…
Vale lembrar que a BSD Magazine é uma excelente revista digital com conteúdos de ótima qualidade, sem falar na qualidade visual.
Pessoal da área de tecnologia ou que gosta, não deixe de ir nesse evento. Será abordado muitos assuntos legais desde segurança da informação até impressão 3D e muito mais.
O vento é gratuito mas quem quiser contribuir com alguma doação, pode ser feito pelo site mesmo de forma segura. Faça sua inscrição aqui e venha conhecer e compartilhar Software Livre.
Saiu uma matéria na Hacker Culture com a entrevista de alguns palestrantes e que pode ser lida aqui.
Saiu a edição do mês de março da revista que fala do mundo BSD e Software Livre.
Nessa edição temos casadinha de jogos no OpenBSD, um rápido início com Kubernetes (k8s) e GKE (Google Kubernetes Engine), tunando um FreeBSD, gerenciar múltiplas instalações Perl 6 e outras.
Pra quem quiser experimentar um FreeBSD rodando de um pendrive, aqui está a dica: o NomadBSD 1.0.1 é baseado no FreeBSD 11.1, vem com um ambiente desktop que pode até ser usado para recuperar outros sistemas. Para quem quiser experimentar o FreeBSD sem mexer em seu sistema, é uma boa opção.
Depois de um longo período afastado aqui do blog, estou voltando e tentarei manter as notícias em dia. 🙂
Agora em maio dia 26 teremos o BSDDay 2018, um evento voltado para tecnologia falando de BSDs e Software Livre. Não deixem de ir pois será uma troca de conhecimentos, tempo de fazer novas amizades e contatos nessa nossa área.
O evento será na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) em Seropédica. Mais sobre o evento e as palestras basta visitar o site aqui.
Ah! Estarei falando no evento sobre Router performático com FreeBSD. Na verdade contarei sobre os problemas que tivemos aqui no Provedor e as soluções até chegarmos hoje com um tráfego de mais de 6Gbps.